Congos da Paraíba

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Maracatu

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Maracatu ao contrario do que muitos pensam não é somente uma dança, é muito mais do que isto, é um folguedo do folclore brasileiro, ou seja, uma representação teatral que acontece através da dança. No folguedo a dança dramatiza através de coreografias estruturadas um fato folclórico que pode ser de origem de cultura religiosa, lúdica, ou somente representativa, aonde os participantes representam um ou mais papéis da representação. Fazem parte do conjunto além da dança e da representação, a coreografia, a musica, os trajes, os cantos e a história ou fato folclórico representado.

O maracatu é um folguedo que representa uma festa popular e religiosa que tem suas origens na época da colonização do Brasil. A partir do ano de 1538, com o objetivo de organizar e tornar mais fácil a ordem dos negros africanos que chegavam ao Brasil como escravos, a colônia portuguesa resolveu instituir a coroação de rainhas e reis negros, protegidos por Nossa Senhora do Rosário e por São Benedito, dois Santos da religião católica. A coroação desses reis e rainhas acontecia com muitos festejos que deram origem ao Maracatu. Com a abolição da escravatura essa instituição desapareceu, mas os negros passaram a cultuar seus ascendentes coroados através de desfiles que aconteciam na festa de Nossa Senhora do Rosário e nos dias de Reis. A partir daí surgiu o Maracatu que é hoje conhecido e admirado, uma representação teatral, com personagens e com um ritmo musical próprio e tradicional em todo o nordeste brasileiro. Em Olinda e Recife a tradição resiste há mais de 400 anos, com descendentes provenientes do Congo da tribo de Nagô.

Na folguedo do Maracatu basicamente o que é representado é a coroação do rei e da rainha dos escravos, que são acompanhados por sua corte, todos devidamente representados nos desfiles pela ruas do nordeste: príncipes e princesas, duques e duquesas, ministro e sua dama de honra, barões e baronesas, embaixador e a porta estandarte, os batuqueiros, porta-sombrinha, damas de passo damas da corte, a primeira dama da corte, que carrega durante o desfile do Maracatu uma boneca chamada e Calunga que representa as antigas rainhas negras já mortas, além disso há a representação do elefante e do tigre, do guarda da coroa, dos lanceiros e escravos. Uma festa de cores e sons inesquecíveis para quem tem o privilégio de presenciar.

Araruna

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Faz alusão a um pássaro preto conhecido como ARARUNA, muito comum na região do brejo paraibano.
 
É uma dança de colheita, principalmente a do arroz.
 
Na plantação não existe quando aparece os pendões com arroz, estas aves de plumagem negra, passam a comê-los, se deixar comem toda a plantação. Para proteger a plantação, tange-se as aves. É este tanger das aves que deu origem à letra da música e à dança.

É uma dança de passos lentos, para frente, para atrás e para o lado, imitando o próprio pássaro.

Maracatu

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Xote batido

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É uma dança de salão, aristocrata, de origem alemã (schottisch), que penetrou em todas as regiões do Brasil.  

Desaparecendo do meio da alta sociedade,incorporou-se aos bailes populares e regionais. No nordeste, xote, é uma dança obrigatória, sendo mais difundida na época junina, a exemplo do camaleão e araruna. 

No Brasil, a mesma foi introduzida em 28 de Junho de 1851, no Campestre Clube e cassinos do Rio de Janeiro, pelo prof. De danças JULES FOUSSANIT. 

Seus passos caracterizam-se pela batida do pé ao ritmo da zabumba. Dança-se aos pares alegremente numa variação de passos respeitando o desenho coreográfico, geralmente em fileiras.

Baião

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Segundo muitos pesquisadores a origem desta dança e música esta ligada ao Fado, dança muito comum em Portugal, além de apresentar elementos da cultura africana.Alguns pesquisadores classificam o Baião como uma transformação de um tipo de Samba, que aos poucos foi se adaptando ao gosto e vida do povo do Sertão ,muito diferentes do povo do Litoral.

A Dança também era conhecida como Baiano, possivelmente por ter se originado, ou ter sido muito difundida no interior da Bahia, esta dança já era muito conhecida no Maranhão,Ceará,Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Sergipe e Bahia,possuindo grande variedade de coreografias.A dança não era executada pelo o povo nas ruas, era apenas utilizada em ocasiões de festejos sociais como batizados, aniversários, casamentos, dentre outros.

O Baião tanto a Dança como a Música abrange duas fases,a mais antiga onde surge o Baião no Nordeste, e posteriormente durante o século XIX muito difundido no Brasil a partir de 1946 com Luiz Gonzaga, "o rei do baião".

A coreografia do Baião não é de passos determinados, ela consiste basicamente no improviso dos movimentos, isto também se aplica as letras das musicas ,onde a marca principal é o improviso dos cantores,inspirados nas circunstâncias.

Na Dança formam-se pares,homens com mulheres estes pares podem a vir ou não a se desfazer durante o desenrolar da festa,não existe uma norma para a formação do par ,ficando de livre escolha,podendo muitas vezes na falta de com quem dançar dançar com crianças, sozinho ou mulher com outra mulher.

A quantidade de Músicos pode variar bastante ,são predominante em número de três os chamados "Trio de Forró"(Sanfona,Triângulo,Zabumba), mas ocasionalmente este número pode cair para dois ou até mesmo um.

Os instrumentos são basicamente: Sanfona,Triângulo,Zabumba,podendo ainda fazer parte a Rabeca,Pandeiro e Agogô.

Puxada de Rede

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Puxada de Rede

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A Puxada de rede é uma atividade comum no litoral do Brasil sendo praticada por pescadores e responsável pelo sustento de muitas famílias brasileiras. Devido à sua extrema beleza o ritual da “puxada de rede” foi levado para espetáculos associado à capoeira.

O ritual da “puxada de rede“ é praticado por um grupo de homens, comandado pelo Mestre do mar. Preparam as redes usando calças curtas ou calções e chapéu de palha.

A rede é lançada ao mar quando começam os cantos. Logo depois o Mestre dá o sinal para recolher a rede, onde inicia-se a “puxada da rede” retirando-a do mar.  Suas mulheres os ajudam na beira da praia, onde esperam ansiosas a pescaria cantando e batendo palmas. 

Os peixes são limpos e a boa pescaria é agradecida e comemorada.

A peça retratada na puxada de rede, conta a história de um pescador que ao sair para o mar para fazer o sustento da família, em plena noite, despede-se de sua mulher que acaba por ter um mau pressentimento. Preocupada com a partida do marido ela o assusta dizendo dos perigos de sair à noite, mas o pescador sai e a deixa chorando e os filhos assustados.

Mesmo assim o pescador sai para o mar e leva consigo uma imagem de Nossa Senhora dos Navegantes, seus companheiros e a benção de Deus. Muito antes do horário previsto para a volta dos pescadores, que seria às cinco horas da manhã, a mulher do pescador, que ficou na praia esperando a hora do arrasto, teve uma triste visão: ela vê o barco voltando com todos à bordo muito triste e alguns chorando.

Na manhã seguinte, quando os pescadores desembarcam, ela dá falta do marido e os pescadores dizem que ele caiu no mar por conta de um descuido e, devido à escuridão da noite, não foi possível encontrá-lo, ficando ele perdido na imensidão das águas.

Ao amanhecer, quando foram fazer o arrasto na praia, já com o dia claro, todos viram no meio dos poucos peixes que vieram, o corpo do pescador desaparecido. A tristeza foi instantânea e o desespero tomou conta de todos ali presentes.

Prosseguem-se então os rituais fúnebres do pescador, sendo levado à sua morada eterna pelos amigos que estavam com ele no mar. Seu corpo segue carregado nos ombros, pois a situação financeira não comportaria a compra de uma urna. O cortejo segue pela praia.